Clean & Clear – um estilo de vida

clean_and_clear_logo_1Limpo e Claro! Ontem, navegando pela internet encontrei esta logo – Clean&Clear. Vocês não têm ideia de como ela me impactou, de como ela chamou minha atenção.

Dou muito valor ao significado das palavras, ao sentido que têm verdadeiramente no contexto em que foram escritas ou ditas. E apesar da imagem ser um logo de uma empresa, o significado faz muito sentido.

Pensei em todos os ensinamentos bíblicos que conheço a respeito de limpeza, transparência, correção, justiça, etc. Em tantos textos das Escrituras em que o Senhor, nosso Deus, nos ensina o caminho reto, a coisa certa a fazer, e também os caminhos que não devemos trilhar.

Lembrei-me de passagens em que o salmista clama por discernimento para tomar uma decisão, para que esta esteja de acordo com a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.

E, enfim, me dispus a caminhar buscando estes conceitos “Clean&Clear” – Limpo e claro. Como percebi a necessidade de uma faxina profunda em meus pensamentos, sentimentos e motivações e por estes dias quero caminhar assim e digo ao Senhor:

Senhor, tu me sondas e me conheces. Conheces o meu deitar e o meu levantar. Sabes todas as coisas. Conheces as minhas palavras antes que elas me venham à boca. Por isso, meu Deus, abre os meus olhos e me faça ver por onde devo caminhar, que eu não me desvie nem para a direita e nem para a esquerda e assim possa caminhar na tua direção, tendo a vida como uma candeia que ilumina toda a casa e não escondida debaixo da mesa. Eu te amo, Deus da minha salvação! Em nome de Jesus, Amém, Amém e Amém!

Aleluia!

Beth Alves

A ceia da equidade

ceiaLeitura Bíblica: 1 Coríntios 11:17-34

Geralmente todas as vezes que participamos da ceia em nossas comunidades temos a leitura deste trecho das escrituras com o foco nas palavras de Jesus: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim” e ainda “Este cálice é  nova aliança no meu sangue. Fazei isso todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”. E isso é ótimo e realmente o nosso foco deve ser a lembrança da obra salvadora dEle por nós.

Mas existem outros aspectos originários destes, que sempre me chamam a atenção. E um deles é o princípio da equidade. Equidade é completamente diferente de igualdade. Equidade é equivalência, tem o significado de todos terem o mesmo valor diante de Deus. Não ha diferença de função, classe social, nível educacional, não! Somos todos equivalentes como os dois lados de uma equação matemática.

3 + 2 = 4 + 1

Vejam como os dois lados da equação são diferentes mas existe a equivalência e isso é muito lindo, é maravilhoso demais.  Me faz recordar que aquele que não teve pecado, se fez pecado para ser equivalente a mim do outro lado da equação e que, ainda, Ele me elevou ao seu nível para que eu pudesse ser equivalente a Ele, para que eu e você também pudéssemos ser “justiça de Deus”. Uauuuuu…

Eu me emociono muito com tudo isso, pois eu não mereço e isto se chama graça, graça infinita!

Que hoje e sempre possamos nos lembrar disso e ser constrangidos por este amor…

Aleluia!

Beth Alves

LÍDERES SARADOS, FAMÍLIA RESTAURADA, IGREJA FORTALECIDA – PARTE XI

FamíliaFamília: a primeira linha de defesa – Provisão

Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a família é a primeira linha de proteção contra a pobreza e contra a ruína financeira.

A definição de destituído e de quem deveria alimentar o destituído foi uma das primeiras discussões da Igreja.

Em 1Tm. 5, Paulo deixa claro que, se a pessoa em necessidade tiver família, a família deve assumir responsabilidade e cuidar dela.

Somente se a pessoa não possui alternativa alguma, por exemplo, nem família nem trabalho, então a Igreja deve dar assistência.

O costume dos fariseus era dar o dízimo de tudo, até das ervas de sua cozinha. Jesus os repreendeu por estarem dando menta como dízimo, mas deixando seus pais sem auxílio financeiro.

O livro de Rute reconta a história da viúva Noemi e sua nora também viúva, Rute.

Refugiadas, sem filhos, e sem recursos em uma terra estrangeira, elas retornam para a cidade de origem da família de Noemi, em Israel.

Lá, elas encontram auxílio recolhendo as sobras dos campos de Boaz, o parente mais próximo que tinham, e que, com o seu direito como “resgatador” se casa com Rute, e a traz juntamente com Noemi pra dentro de sua casa.

Que conceito maravilhoso, o “resgatador!” Para Deus, a primeira linha de responsabilidade para com aqueles em dificuldades financeiras é a Família, não a Igreja, comunidade ou Governo.

Em geral, a cultura judaica ainda funciona assim, e é muito raro encontrar um judeu em estado de pobreza, mesmo nos países mais pobres.

Quando eles imigram para um pais, alguns da família vão primeiro, estabelecem-se, e então, trazem os próximos e os ajudam a se estabelecerem e assim por diante.

Eles podem não ser ricos, mas não passam necessidades e, raramente, dependem de alguém de fora da família. Isso não é só uma questão de inteligência, mas também, são os princípios de Deus sobre a responsabilidade da família sendo aplicados.

No mundo individualista em que vivemos hoje, valorizamos a autoconfiança. Isso não é de todo ruim, mas, nas Escrituras está claro que Deus equilibra independência com responsabilidade da família e da comunidade. A visão moderna sobre Família está contribuindo com a pobreza e ruína econômica dos indivíduos e da comunidade.

Família: a primeira linha de defesa – Justiça

Dt. 21:15-21 pode ser perturbador se estamos lendo em busca da aplicação e não do princípio:

“Se um homem tiver duas mulheres e preferir uma delas, e ambas lhe derem filhos, e o filho mais velho for filho da mulher que ele não prefere, quando der a herança de sua propriedade aos filhos, não poderá dar os direitos do filho mais velho ao filho da mulher preferida, se o filho da mulher que ele não prefere for de fato o mais velho. Ele terá que reconhecer como primogênito o filho da mulher que ele não prefere, dando-lhe porção dupla de tudo o que possui. Aquele filho é o primeiro sinal da força de seu pai e o direito do filho mais velho lhe pertence. Se um homem tiver um filho obstinado e rebelde que não obedece ao seu pai nem à sua mãe e não os escuta quando o disciplinam, o pai e a mãe o levarão aos lideres da sua comunidade, à porta da cidade, e dirão aos líderes: ‘Este nosso filho é obstinado e rebelde. Não nos obedece! É devasso e vive bêbado’. Então todos os homens da cidade o apedrejarão até a morte. Eliminem o ma! do meio de vocês. Todo o Israel saberá disso e temerá”.

Essa passagem não é um ensino a favor da poligamia ou da pena de morte para adolescentes.

Na época em que Moisés a escreveu, as tribos eram polígamas e violentas.

A ordem do “olho por olho e dente por dente” já era um a tentativa de conter o sistema em que eles pagavam violência com mais violência. Deus nunca foi ignorante com relação à realidade do povo que estava discipulando.

Deus é realista. Discipulado leva tempo e um passo dado na direção correta, já é um bom avanço.

Ao estudarmos as escrituras como um todo, vê-se que a monogamia é obviamente o ideal de Deus, mas, naquela época da História, eles eram polígamos e, mesmo dentro daquele sistema indesejado, deveria existir Justiça.

A imensa importância dessa passagem e de outras leis parecidas é que: “todos os membros de uma família tem direitos, sejam homens, mulheres ou crianças” e “todos os membros da família têm a responsabilidade de respeitar e cumprir esses direitos.”

Não há registro nas Escrituras sobre qualquer adolescente rebelde sendo apedrejado.

E não acho que é para se surpreender.

A importante mensagem desse texto é a ênfase na responsabilidade dos pais.

Os pais devem investir tempo e ser responsáveis pela disciplina.

Se isso não estiver adiantando, eles devem então trazer o adolescente para os líderes.

É responsabilidade da comunidade, decidir se os pais fizeram tudo o possível e se o adolescente é realmente incorrigível.

Outra passagem ensina que são os pais que devem liderar a aplicação do castigo.

O princípio não é “adolescentes rebeldes devem, ser apedrejados.”

O princípio que Deus está querendo ensinar aqui é que “os pais são responsáveis pelas ações de seus filhos.”

No livro de Ester, vemos um exemplo maravilhoso de responsabilidade familiar sendo cumprido.

Ester é uma órfã e uma refugiada. Mordecai, seu primo, cria a menina como se fosse sua filha. Ele foi um instrumento essencial para que ela se tornasse a Rainha da Babilônia. Mordecai foi um exemplo de paixão por justiça não somente dentro de sua família, mas também, em sua comunidade. Quando o rei pagão, que mantinha os judeus em exílio, estava correndo o risco de ser assassinado, é Mordecai quem descobre e o avisa sobre a conspiração, salvando a vida do rei. Mordecai então pede que Ester use sua posição de rainha e salve o povo judeu de uma conspiração de genocídio planejada por Hamã, outro líder político. Mordecai vivia pela lei do “ame ao próximo como a si mesmo” e exibia isso cuidando de sua família, do país onde vivia e, finalmente, do seu próprio povo. Ele compreendia que Justiça incluía “amar ao próximo.” O simples fato de ter sido um exemplo disso para apenas um só membro de sua família, Ester, que seguiu seu exemplo, resultou na salvação de uma nação. Jesus diz que todas as leis de Deus podem ser resumidas nesta única sentença: ame a Deus e ame ao próximo como a si mesmo. Tiago chama isso de a Lei do Reino14 e fala que mostrar discriminação na aplicação dessa lei é pecado. O que acontece quando crianças presenciam favoritismo em seus próprios lares? Pais que falam de justiça com os estranhos, mas tratam um ao outro injustamente. Um pastor que prega sobre amor aos Domingos, mas espanca sua mulher em casa. Falamos sobre o amor de Deus pelos perdidos, mas mostramos intolerância por grupos étnicos diferentes ou “tipos” de pecadores. Constantemente criticamos nossos Governos, mas não votamos. Como conseguiremos criar filhos que acreditem e sejam exemplos de Justiça, se nós mesmos não somos exemplos dentro dos nossos lares? Como conseguiremos ter influência em nossas comunidades, se não demonstramos interesse e ação dentro de casa? E claro que não conseguiremos. A Família é a primeira linha de defesa contra a injustiça social e individual.

Ref.: COPE, Landa. O modelo social do Antigo Testamento. Editora Vida.